Argos Arruda Pinto

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A Teoria da Relatividade não é difícil de entender - A relatividade do tempo




Primeiro coloco aqui um texto teórico (A) e depois um exemplo (B) de  cálculos simples onde se vê claramente em números a chamada dilatação temporal ou a relatividade do tempo. 

E procure ler com atenção a observação (2) no final deste texto.

A - Se você entrar em uma nave e viajar a uma velocidade muito próxima a da luz, durante, por exemplo, um ano, e depois retornar, verá que aqui na Terra se passaram milhares de anos. O quanto de tempo passará no planeta, em qualquer viagem, dependerá do quanto você estiver mais próximo da velocidade da luz que é de 300.000 km/s. Poderá ser de até milhões de anos!

E outro fato: quem observar a sua nave daqui verá que é mais curta em comprimento do que quando ela estava no momento da decolagem, parada - em repouso!

Ficção científica? Não, realidade!

Tenho certeza que mais de 99% das pessoas por aí não sabem disso e se você disser um número maior ainda não acreditará.

Pois os dois fatos acima descritos por mim são a relatividade do tempo e a relatividade do espaço que explicarei neste blog.

Porque tudo ocorre da maneira quase inconcebível na relatividade, irei primeiro e brevemente falar da natureza do tempo. Veja, ao observar a oscilação de um pêndulo, você sente "que algo se passou" nessa oscilação. Este "algo" ou "alguma coisa" é o próprio tempo e todas as pessoas sentem o mesmo. E se o pêndulo ficar parado - em repouso - em relação a você, o próprio fato de observá-lo irá fazê-lo raciocinar ou perceber este fato, e isto também contribuirá para que você sinta a passagem do tempo. E por último, se você se desprender deste mundo, fechar os olhos e começar a imaginar cenas, pensar, sentirá também a passagem "de algo" que é o tempo, enquanto a sua mente troca de cenas. Acontecerá também se você se fixar em uma imagem.

Agora peço a você prestar atenção no pêndulo acima. Para você observá-lo faz-se necessário que a luz reflita nele e venha até aos seus olhos, se não, não enxergaria nada e ninguém também não veria nada em nosso mundo: pessoas, objetos, céu, ruas, tudo!

Dois americanos, Michelson e Morley, descobriram algo muito estranho em relação à luz, no final do século XIX: a velocidade dela não pode, literalmente, ser adicionada e nem subtraída da velocidade do emissor. E se você tiver sempre isto em mente, entenderá toda a relatividade do tempo e do espaço. Eles ganharam o Nobel em 1907, sendo os primeiros estadunidenses a receberem esse prêmio.

Se você está em um carro a 100 km/h, e alguém nele atira um objeto no sentido do movimento, para frente, a velocidade desse objeto, para alguém que esteja parado - em repouso - será a soma da velocidade do carro mais a velocidade do objeto. Se este for lançado a 20 km/h em relação ao carro, sua velocidade em relação à pessoa em repouso - utilizarei este termo de agora em diante -, será de 120 km/h, ou seja, a soma das duas velocidades. Por outro lado, se a pessoa no seu carro atirar o objeto para trás, a velocidade dele, em relação a quem estiver em repouso, será de 80 km/h, a subtração das velocidades. Isto se aplica a objetos comuns, mas não com a luz e somente ela (e todas as  outras ondas eletromagnéticas).

Então pensemos em uma experiência com um emissor de luz, no laboratório de uma nave que viaja ao longe, com uma velocidade próxima a da luz, da esquerda para a direita, estando você em repouso em relação a ela e com um instrumento preciso - um ótimo telescópio - para  ver uma experiência.  O emissor se encontra na mesma distância entre as paredes opostas, uma a sua direita no sentido do movimento e outra à esquerda. Existem dois pêndulos prestes a serem colocados em movimento. O emissor de luz, gerando dois sinais em sentidos opostos,  um para a direita e outro à esquerda, colocará os pêndulos em movimento assim que chegarem a dois dispositivos para acioná-los. Um observador, uma pessoa, dentro da nave, e por estarem as duas paredes na mesma distância do emissor, verá os dois pêndulos iniciarem os seus movimentos ao mesmo tempo, digamos, às doze horas. Mas para você,  o feixe para  a direita, a 300.000 km/s, não podendo ser adicionado à velocidade da nave, estaria perseguindo o mecanismo que está na parede à direita, no mesmo sentido do movimento da nave. Mas o feixe para à esquerda não podendo ser subtraído da velocidade da nave, iria ao encontro do mecanismo! Resultado: o pêndulo de trás começa a oscilar primeiro que o da frente! Um antes das doze  horas e o outro depois.

Você observa dois fenômenos físicos ocorrendo de uma forma bem distinta daquela da pessoa da nave. Como isto é possível? São os mesmos fenômenos!

Se a velocidade da luz pudesse ser adicionada à do emissor, o feixe para a  direita seria  "arremessado" para frente e o da esquerda subtraído, tendo uma compensação e os dois acionariam os dispositivos ao mesmo tempo. Mas a luz não segue a lei de adição e subtração de velocidades com os emissores.

Ilusão de ótica? Não. As coisas são assim, o universo é assim porque a luz é assim... Todos os fenômenos físicos, e, generalizando, químicos, biológicos etc., tudo o que observamos e com isto construímos a tecnologia,  as ciências, etc., são dependentes dessas características dos fenômenos eletromagnéticos ou, se você quiser também, se considerar a luz como constituída de fótons.

E a sensação do "passar" o tempo (ver no final a observação "3") para o observador da nave e você? Seriam diferentes sim! Digamos que o emissor de luz seja acionado manualmente, por um botão, pela pessoa da nave. Ela terá a sensação de passar o tempo do seguinte modo: após apertar o botão se passa um tempo; depois os pêndulos começam a se mover e daí para frente ela sente esse passar do tempo observando o movimento oscilante dos dois. E você primeiro também espera o tempo decorrer, mas até que o pêndulo da esquerda passa a se mover; depois sente o tempo passar até o segundo se mover, para depois sentir, ver, observar, os dois oscilando. Diferente não?

Em nosso mundo cotidiano, com objetos se movendo com velocidades bem inferiores a da luz, fica difícil, se não impossível, perceber essas diferenças, mesmo se se observar os veículos mais rápidos em que um ser humano já esteve: as naves Atlantis, Endeavour, etc. ou os foguetes Apollo para a Lua, que viajavam a +/- 30.000 km/h, correspondendo a 8,33 km/s. Você na Terra não perceberia a diferença de tempo entre os movimentos iniciais dos pêndulos, ou seja, eles começariam a oscilar como  o sujeito na nave estaria sempre os vendo: ao mesmo tempo.

A velocidade da luz é constante em um mesmo meio. Ela é menor na água, em nossa atmosfera, enfim, em meios onde há matéria e que ela possa atravessar, mas no vácuo é de 300.000 km/s. Por isto, a Física consagrou a sua representação algébrica como c, uma constante.

Conclusão: o tempo se passa diferentemente para objetos, animais, pessoas etc., dependendo da velocidade de uns em relação aos outros. E existem equações relacionando, para cada velocidade entre dois observadores, ou mais, a diferença de tempo entre eles.


Observações:

1) Em qualquer livro da Teoria da Relatividade você irá ver que ela está apoiada no fato da luz ser uma constante universal, como eu disse aqui, e que as leis da Física são as mesmas para quaisquer referenciais inerciais, onde se movem  em velocidade constante em relação a outro. É o mesmo que dizer que qualquer experimento feito em um referencial desses poderá ser realizado também em outro. Inclusive a própria Terra pode ser considerada como tal se desprezarmos a gravidade e a rotação em torno do seu próprio eixo.

2) Quer compreender de uma vez só o relativismo temporal?
Ninguém precisou lhe falar quando criança sobre o modo como o tempo se passava. Se sim foi com respeito a ele ser igual em todos os lugares e em todos os corpos (carros, ônibus, etc.) de igual maneira, em repouso ou não, mas, intuitivamente, você sempre pensou assim. É a maneira com que Newton disse…
Ninguém chegou a você e disse que o tempo dependia da velocidade e da velocidade constante da luz (em um mesmo meio) para todos os objetos; que nossas observações de qualquer evento, físico ou não, estão limitadas a essa constante. Essas velocidades terão que ser são muito grandes, dos objetos em relação aos outros, porque senão não perceberíamos os efeitos relativísticos. Se dissessem, mencionando que estavam nos livros da escola, você acreditaria e no futuro estudaria a relatividade e confirmaria este fato. 
A relatividade só a partir de alguns anos para cá entrou na física do ensino médio e, resultado, um dia os pais, que são alunos hoje, começarão a falar a verdade, o que está no parágrafo anterior. Ou seja, estamos até hoje presos ao que Newton disse e à nossa intuição...

3) Já disse Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão, em "O Livro do Filósofo" (compilação de escritos de 1870-1879): "O tempo em si é um absurdo: só existe tempo para um ser que sente."  



B - O exemplo com cálculos:


Digamos que você observa a espaçonave em que eu mencionei em (A) com um instrumento apropriado; um telescópio potente, por exemplo.


Para facilitar as contas e você visualizar melhor os fenômenos relativísticos, essa espaçonave hipotética teria 600.000 km de comprimento (você verá  logo no primeiro cálculo que é vantajoso colocar este número muito grande. A nave poderia ter qualquer comprimento que os efeitos da relatividade seriam sempre os mesmos).


Analisarei os dois casos da parte (A), ou seja, do ponto de vista da pessoa em repouso em relação à nave, dentro dela, e você fora da nave com ela em movimento pelo seu referencial que é a Terra.


1 - A pessoa no meio da espaçonave:


Assim que a luz é emitida, ela percorre 300.000 km até o primeiro pêndulo, na frente da nave, e o aciona. Chamarei esta distância de x.


A velocidade da luz, sempre representada por c, é de 300.000 km/s. Então ela chega ao pêndulo em t = x/c = 300.000/300.000 = 1s.


Se eu considerasse uma nave de, por exemplo, 60 m ( = 0,06 km), x seria 0,03 km e o denominador acima, dividindo 300.000 km/s, daria um intervalo de tempo muito menor que um segundo. É mais fácil para qualquer um imaginar, sentir a passagem de tempo assim do que um valor muito pequeno.


O feixe que viaja para trás da nave também irá demorar 1s para ir até ao pêndulo  porque a distância é a mesma acima. Lembre-se que a velocidade da luz continua sendo c. Ou seja, para essa pessoa, os dois pêndulos iniciam seus movimentos ao mesmo tempo, simultaneamente!


Nota: não preciso relatar o fato aqui do feixe de luz demorar mais um segundo, da frente e de trás para chegar à pessoa da nave, isto porque não mencionarei para o seu caso. Isto evitará mais contas e desnecessárias.


2 - Para você, observador em repouso em relação à nave, aqui na Terra, os fatos serão diferentes e você terá uma grande surpresa.


Seja v a velocidade da nave, em, digamos, 150.000 km/s.


O que acontece para você é que a luz caminha, com 300.000 km/s perseguindo o pêndulo viajando em com v = 150.000 km/s. O fato de c não se somar à velocidade do emissor, v, é algo intrínseco à natureza da luz como mencionei na parte (A).


Nesta altura entra aqui um tópico da Física de Velocidades Relativas, soma e subtração de velocidades, onde não se deve confundir com a velocidade constante da luz. Então c - v é a velocidade em que o feixe de luz persegue o pêndulo da frente mas em relação só a você! Se v fosse 0, a velocidade seria c somente.


Seja t’ o tempo medido em Terra para o feixe de luz alcançar o pêndulo da frente. Então, t’ = x/(c - v) = 300.000/ (300.000 - 150.000) = 300.000/150.000 = 2s!


Para o observador na nave a luz chegou ao pêndulo em 1s e a você em 2s! O que eu falei em (A) sobre a sensação de passagem do tempo já se torna diferente para os dois observadores!


Para o feixe de luz caminhando para trás, você nota que o pêndulo caminha com velocidade de 150.000 km/s em direção à luz. Aqui, sendo duas  velocidades na mesma direção e sentido contrários, continuando c constante, a velocidade de encontro dos dois será de c + v.


O tempo desse encontro, chamando de t’’, será de x/(c + v) = 300.000/(300.000 + 150.000) = 300.000/450.000 = 0,666… ≃ 0,67s!
 
Conclusão: o observador na nave vê os dois pêndulos iniciarem seus movimentos ao mesmo tempo e você vê o pêndulo da esquerda, parte de trás da nave, iniciar seu movimento primeiro que o da frente.


Como em (A) eu falei das doze horas sendo o momento dos dois pêndulos começarem a se moverem. Você vê o de trás 1 - 0,67 s = 0,33 s se mover antes do meio-dia e o da frente / 1 - 2 s / = 1 s, se mover após o meio-dia.  


Como dois fenômenos acontecem ao mesmo tempo para alguém, enquanto acontecem com um intervalo de tempo diferente para outro? Não são os mesmos? Os relógios estão com defeito? Não, e aqui reside, na minha opinião, a beleza que é a Teoria da Relatividade.


Acontece que na parte (A) eu disse da descoberta desconcertante que a velocidade da luz é sempre a mesma, em um mesmo meio, para qualquer observador, em movimento ou repouso uns em relação aos outros.


Agora farei novos cálculos em que a luz é como aquele objeto do parágrafo dez, em (A), onde ela ora se soma e ora se subtrai com a velocidade do emissor.


Em direção ao primeiro pêndulo na frente, você observa a luz se somando com a velocidade do emissor, da nave, c’ = c + v  = 300.000 + 150.000 = 450.000 km/s. E ela chegará ao pêndulo em, digamos, T (= x/(c’ - v)), igual a 300.000/(450.000 - 150.000) = 300.000/300.000 = 1s!!! Exatamente igual ao resultado do observador dentro da nave.


E, com respeito ao pêndulo de trás, ele vai de encontro ao feixe de luz mas, neste caso, como no exemplo em (A), a velocidade da luz é subtraída da velocidade do emissor.  Então c’’ = / v - c / = ⎜150.000 - 300.000 ⎜  = 150.000 km/s.


O tempo de encontro, denominando-se T’, será de x/( c’’ + v ) = 300.000/(150.000 + 150.000) = 300.000/300.000 = 1s!!! Também exatamente igual ao resultado do observador dentro da nave.


Se o valor de c mudasse com a fonte emissora para c’ e c’’, somando-se e  subtraindo-se do emissor, os valores encontrados nas observações de quem está na nave e quem estiver fora dela seriam iguais, e a relatividade do tempo desapareceria, desaparecendo também a Teoria da Relatividade!


Isaac Newton (1643 - 1727) disse certa vez que: o tempo, absoluto, transcorre por si próprio, de modo absoluto, sem nenhuma influência, igual para todos e em todos os lugares. Ele não sabia desse estranho comportamento da luz, não tinha aparelhos como Michelson e Morley, etc. A Física ainda não estava desenvolvida para tanto.


Considerações finais:


a) A Teoria da Relatividade Restrita de Albert Einstein (1879 - 1955), publicada em 1905, possui dois postulados:
a.1 - As leis da Física são as mesmas para todos os sistemas referenciais inerciais.


Esses sistemas estão em repouso ou se movimentando com velocidade constante uns em relação aos outros. Em nosso caso v é constante. Assim, as mesmas leis que regem os movimentos dos pêndulos dentro da espaçonave e para você são as mesmas.


a.2 - A velocidade da luz é constante no vácuo.


Também dentro de outros meios como o ar e a água. Ela não depende do emissor ou do receptor. Possui valor constante para todos os sistemas referenciais inerciais.


b) Vivemos em um mundo com velocidades desprezíveis em relação à luz e por isto os efeitos da relatividade não são percebidos em nosso dia a dia. Se v for muito menor que c,  c + v  e  c - v  serão quase iguais a c. Indica-se por v << c.


Retire v como se fosse igual a zero nos cálculos onde aparecem c + v  e  c - v que os resultados das observações serão os mesmos.


c) Alguém vê dois pêndulos começarem a se movimentar ao mesmo tempo. Outra vê um primeiro e depois o outro… Mas são dois fenômenos, os mesmos! Pode parecer ficção-científica!


Acontece que crescemos desde crianças formando uma noção de tempo, de sua duração para quaisquer fenômenos, como Newton dizia, sem que ninguém nos falasse dele. É a partir de fenômenos com velocidades próximas a da luz é que percebemos o que ele é realmente.


Dependemos em todas as ciências, não só da Física, de observações onde a luz chega aos nossos olhos e é processada em nossas mentes. Pelo fato dela ser constante é que percebemos o tempo como algo nunca pensado antes por nós!


Obs.: nenhuma referência didática. Tudo concebido por mim.

Contato: argos.arruda.pinto@gmail.com

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Our Feelings. Why Do We Have Them?

Abstract:

Feelings and emotions exist only for our own enjoyment in terms of passion, love, friendship, etc. Would that exclude any negative feelings? No! There is a deep and complex reason involving all the functions of our brain that has been evolved, turning our lives full of behaviours to either be adjusted to any natural environment, or not, and to the social relations.

Keywords: evolution, feelings, emotions, Darwin, brain, neuroscience
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Part I

Why are there feelings? Our emotions? Why are we rational and emotional beings and not merely rational?

The answer to the questions, though it may seem initially sound strange and apparently senseless to the reader, yet it seems to me that it's related to one of the most powerful instinctis which are inherent to the human being: their survival of the kind.

The conception of survival, however, should be more ample than it's supposed when in relation to us, human beings, for, eating, drinking, sleeping and procraeting are not enough. It's like we went far beyond these four requisites needful for our surviving. We need far more... And this further is linked to our well-being phisically and mentally, happiness and satisfaction.

Feelings and emotions are there in large numbers in our minds; they affect our bodies, our behavior, our lives. There's no room to explain one by one on the basis of our survival as animal beings. I will give examples of some. It's important to stress out the "statistical character" too of this article, in the sense that I am speaking about characteristics of populations. The characteristics of an individual may represent one tendency in a whole population, in a majority, where exceptions don't strike. When I speak about some feeling or emotion, the reader must think in ample terms, in general. For instance, when I speak that love is the most important link among parents and children and that without it mankind would have already been extinguished, I keep out the few cases where children have been forsaken at birth or when still yong.

Darwin's Theory of Evolution has always been badly explained and ill regarded by most people. In the beginning of 20th Century, here in Brazil, it was forbidden speaking about it at schools, there was prejudice in all countries, but among scientists it just only evolved since its conception in 19th Century. An abysm was created among the knowledge of Science in this area and all of what the ordinary people think and fancy about how living beings modify themselves, about how they adapt themselves, how they survive, etc... And all of that it's related only with the bodies of these beings; just fancy how great deal of ignorance there's when the subject is about the correspondency between evolution and mind.

The most complex living beings in our planet, fowl and mainly the mamals, have utmost complex brains and are adapted to manage outliving over negative stimulli, destructive of the environs. Insects, fish and reptiles are born in a maturity stage enough to move and explore the outside world, apart from that, their number of young ones is great enough so that not all of them way not be preyed upon by the predatories. The thing is different with the mamals: few young-ones and fragile, they need for a long term learning about their environment, to the end that some day they may alone withstand the perils of this environment and bear forth. Then come emotions. Some of them are basical and we share with beings that are less complex fear and aggressiness. Fear is important, for it's an alert challenge to some peril in the environment; who might survive if one feared nothing? It's necessary the existence of aggressiness because nothing can be only passive; to withstand some danger, a menace, requires prompt responses too what involves aggressiveness. Specially in the human beings, nature was "capricious" in the emotional aspect: we feel merriment, sadness, hatred, passion, guilt, satisfaction, love, affection, we've faith, hope, etc.

We have the ability to go about sex-intercourse even without the aim to procreate. We seek for because we like it, because it does us good, because it assuages us. We go so far as to the point to relish one dish just to gratify ourselves though we may not be hungry, or better, without the momentaneos necessity for survival; out of pure pleasurable. We go about pleasure-seeking, camping, meeting people whom we like, amusing ourselves, because all of that is part of our leisure, of our well-being. The word "liking" is always present; feelings are often present.

There's working... It ought to be understood like an activity that is inherent to the human being, no matter it's manner or it's goal: from the man two hundred thousand years ago on his preying upon a prey for hours, to our to-date man at an office-room replet with electronic-appliances which aids him in his everyday tasks, all is working. All that mean an activity envolving the generation of some good or realization of some indispensable job for our survival, even indirectly. It's the case, this last, of the societies that modernize themselves and the fruit of working came to be "symbolical", money, wherefrom we get what we need. Would there be working for us should we not like it? Should we not like it or should we not feel anything about its fruit? There doesn't exist just the act of working, feelings and emotions,
conquest which lead us into satisfaction which are extremely beneficial to us are all at stake.

I mean that we're on the search for activities, conquests, things that do us good for our happiness and welfare. If we fall now, we have further chances, we've our self-love and we live onwards, on their trail. We have faith, hope, we dream.

About the negative feelings, the violent and negative emotions? See, no adaptive system like the brain which views the command over one body that will endure by it, shall only in a positive manner respond in the sense of positive feelings over an environment wherein the outward stimulii are positive and negative too. None will love an enemy!

To capture an animal it's necessary a good deal of agressiveness and we often make use of cruel recourses whereby, if we stopped to think, we wouldn't eat even a tiny sea-fish! One may fancy how hugely our societies grew and developed themselves at the cost of many deaths or exploration where our forefathers utilized much of the human capacity for the destruction towards their enemies. And destroying envolves much of negative.

This is the universe of the mind. It's interesting to strees out the role of consciense into all of these procedures. For example, we're conscious that sex- intercourse is pleasurable: them we go to it, as said before, without the intent to procreate. And we do it consciously too to bear forth descendants... Conscience is that urges us to go over to what I said about eating, drinking, sleeping and procreating: conscious beings seek after these things in an "automatic" way, intuitively. They also seek them to make them into pleasure and satisfaction fountains, however: procreateing would be an exception, but sex in itself wouldn't: and they seek others, such as those pertaining in a higher level of systemic activity, such as leisure,
pleasurable dainties, etc., so as to feel themselves aroused. Sexual-intercourse without intent to bear forth is perhaps the loftiest point over this "scale".

Consciense going farther beyond, needs necessarily at least, of two emotional supports so as to perpetuate itself; two mighty forces; wiz., faith and self-love. What kind of conscious beings would attain perpetuation if they wouldn't trust themselves? In their labour, in their everyday toil? Or, like in the majority of the planet-inhabitants in aught divine to back themselves up? These wouldn't even stand up from bed! And what system would also be able to survive should they not liked themselves? What avail would be there a sturdy body in a feeble mind? Perhaps we're come to a universal matter-of-factness: any conscious being whatsoever in the cosmos will certainly have this type of characteristics. Maybe there doesn't exist anything purely rational.

This article may give us the impression that it relates to our western civilization, given to consumption, inclined to lusts, power and money; it's not so. It refers to that which human beings own in their inward nature, to their mental groundworks whereinto all cultures and civilizations have been created to now. Some of them have been more pacific than others, some have been more merchantilists, while others occupied themselves in the industrial production technology. Mankind's survival however has passed to now by means of a combination of a rational sidewith another emotional. Survival for men comprizes more than their rational nature, all that provides for satisfaction, merriment, joy, conquests, etc. "States" corelating to our emotions and feelings. Evect all of that out of human and our kind will be seen to vanish.


Part II

We must understand  that there's a kind of order, an upward scale of complexity of living beings on our planet, from lowly unicellular life to worms, arthropods, reptiles, fishes, birds, mammals, primates and humans. Among all these, the main difference between us and the other animals is that we have the most complex nervous system. Except for this, our bodies are very similar, in genetics, physiology and biochemistry, to most of other mammals. It's important to bear in mind that increasing complexity doesn't necessarily mean that there is a corresponding "timeline" in the evolutive history of each animal group in relation to the others. For instance, a bird is more complex than an insect, but the latter may be younger as a species. A new species may even evolve to a lesser degree of complexity, in case ecological changes provide for it.

Modern science has now proved without doubt that living beings evolve, or better, they modify, adapt themselves to changes in the environment. The so called "standard model" of biology has firmly married the discoveries of molecular biology, genetics and evolution. It is arguable that this applies to all aspects of our biology, including the basis for our most complex behaviors and emotions.

Biological evolution means that a permanent (gene-coded) change occurs in the form and functions of cells, tissues and organs of living beings. However, since Darwin's time, but especially due to the pioneering work of animal ethologists in the 1930's, such as Konrad Lorenz, we know also that behavior is also subjected to selective and adaptive pressures. Behavior "came into being" on Earth long ago. For example, an unicellular being such as an ameba is able to react to positive and negative stimuli coming from the environment by altering its movements, so as to assure its survival. These kinds of simple behaviors, such as tropisms, have probably existed for hundreds of millions of years and can be found even in organisms without nervous systems, such as plants. However, natural selection has continuously pressed for more and more advanced forms of behavior, which generated the evolution of sensory organs, muscles and specialized neural networks. In terms of behavior, it is equally valid the concept for morphological changes: the more varied is the spectrum of available behaviors, the highest are the chances for survival in changing environments. Diversity is the keyword here. Many theorists suggest, therefore, that brain complexity is essentially related to the complexity of behavioral strategies for survival of the species and to the rigors of competition. This is not difficult to imagine because organisms which have to aqcuire and process a greater amount of information on the environment require more complex nervous systems.

In the “Part I” quoted an example of the bonding which appears between parents and children, and feelings such as affection, love, etc, without which none of us would be able to survive after birth. However, in many situations the drive to protect our younger ones conflicts with our own instincts for survival. At this point, my suggestion is that the brain's rational side becomes so important as its emotional side. Furthermore, reactions such as aggressiveness against predators and toward the defense of the social group as a whole may take precedence over the protection of youth, with a view to perpetuate the species, as we observe in many non-human primates, such as chimpanzees, where infanticide is common and related to the instinctual basis of these kind of defenses.

This is not so in human beings. Because of cultural evolution, this instinctual, emotional basis may be entirely subverted by reason. For instance, a mother may prefer to sacrifice her own life to save her baby's. Or the survival of an entire group may be threatened on the basis of purely rational decisions (such as in war). "Knowing" is rational, "feeling" is emotional, hence these are the two main pillars upon which all our behavior and conscience are based.

In conclusion, Nature found out a way to sort out the problem of living beings which have a family which depends on their genitors in their maturing period. The behavioral strategies which came out after millions of years of hominid evolution and sexual selection involves a complex mixture of reason and emotion. This is probably the basis of our uniqueness among all others species.


Bibliography:

SAGAN, CARL. The Dragons of Eden. Penguin Random House: New York, 1977. 263 p.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Amor = sobrevivência da espécie humana no planeta!

Resumo: com ideias claras e simples este artigo mostra ao leigo ou qualquer aluno de ensino médio, a relação entre o amor e a teoria da evolução, o início, digamos assim, da parte mais avançada dessa teoria pois envolve sentimento e emoção, sem eu falar de estruturas corporais e funções orgânicas dos seres vivos.

Palavras-chave: amor, emoção, sentimento, teoria da evolução

Mais de sete bilhões de seres humanos na Terra apesar de todas as guerras, catástrofes, epidemias, homicídios, doenças, ou seja, tudo o que pode levar homens e mulheres a perecerem.

Em 1850 a população mundial era de aproximadamente um bilhão de pessoas. (1). Crescemos 600% de lá para cá mesmo com tudo de ruim citado acima.

Tenho vários artigos que cito em (2) sobre o papel dos sentimentos e emoções para a perpetuação de nós seres humanos aqui na Terra, mas, agora, quero falar apenas do amor, esse tão belo, procurado e sublime sentimento. Meus artigos são científicos de um nível elevado e prefiro neste momento descrever as minhas ideias primeiro de uma maneira menos formal, menos científicas, para depois finalizar este texto através de uma pequena ponte com a ciência. Assim será mais fácil o entendimento do texto.

O amor está inextricavelmente ligado às nossas vidas. Você ama seus pais, irmãos, esposa (o), filhos, outros parentes e amigos. Dá para imaginar um mundo sem o amor? Realmente não; seria surreal mas, antes de tudo, impossível. Ódio e raiva, só para citar essas duas emoções negativas, acabariam conosco muito antes das civilizações antigas.

Precisamos do amor para gerarmos descendentes? Necessariamente não mas é com ele onde acontecem os maiores números de uniões entre pessoas e nascimentos de crianças.

Também quero falar da nossa procura pelo amor, por alguém muito especial, viver intensamente esse sentimento. Faz parte das nossas vidas, bem-estar e procuramos o amor mesmo depois de uma separação; procuramos por mais filhos com um novo relacionamento, e, sempre ela, a felicidade.

A ligação entre pais e filhos, os cuidados durante anos, às vezes por mais de uma década, com nossas vidas dedicadas a eles também nos mostram a força poderosa desse sentimento. Se eu disse que a falta de amor levaria o ser humano à extinção devido aos sentimentos e emoções negativos, não há razão para nos aprofundarmos tanto: sem o amor não haveria nenhuma proteção e cuidados com os filhos imaturos, bebês, em uma terrível relação de total falta de consideração, moral, ética, humanidade, uma relação totalmente impensável, etc. Essa ligação é muito forte a ponto de darmos as nossas vidas por eles.

Você pode não acreditar ou concordar com a teoria da evolução mas, tenho certeza, considerou essas ideias expostas aqui como sendo lógicas, algo muito verdadeiro. Pronto: você acabou de achar lógica a própria teoria da evolução de Charles Darwin. E justo no que há de mais moderno nessa teoria: o papel fundamental dos sentimentos e emoções para a sobrevivência do ser humano na Terra, representado aqui pelo maior e mais poderoso sentimento que possuímos.

Note a presença de sentimentos com os filhotes de mamíferos e aves onde a energia e o cuidado com eles são fundamentais em termos de sobrevivência. Já répteis e peixes colocam ovos onde nascem muitos filhotes; alguns serão atacados por predadores ou o meio ambiente fará com que percam suas vidas, mas também outros muitos irão sobreviver dando continuidade à espécie. São animais quase totalmente frios, com poucas emoções e sentimentos.

Estes dois últimos parágrafos foram escritos diretamente sobre ciência como eu disse que iria fazer.


Notas:

1:
Mundo Educação. Crescimento da população mundial. Disponível em: < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/crescimento-populacao-mundial.htm >. Acesso em: 14/01/2017.

2:
A base material dos sentimentos. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/sentimentos.html >. Acesso em: 14/01/2017.
In english:
The material basis of feelings. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/sentimentos_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.

A base material dos sentimentos - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n13/opiniao/material.html >. Acesso em: 14/01/2017.
In english:
The material basis of feelings - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n13/opiniao/material_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.

O porquê dos nossos sentimentos. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n14/opinion/material3.html >. Acesso em: 14/01/2017.

O porquê dos nossos sentimentos - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n15/opiniao/sentimentos2.html > Acesso em 14/01/2017.
In english:
Our feelings. Why do we have them? - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n15/opiniao/sentimentos2_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.


Observação:

Os artigos da Cérebro e Mente também estão na página:
Sistemas, teoria da evolução e neurociências. Argos Arruda Pinto. Disponível em: < http://sistemaevolucaoneurociencia.blogspot.com.br/ >. Acesso em: 14/01/2017.

  • Leia também na mesma página: A base material dos sentimentos: Por que existem emoções e sentimentos negativos?

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A impossibilidade do computador pensar como o ser humano

Todos os anos vemos em revistas, jornais, na internet e até em reportagens televisivas, notícias da construção de computadores, chips, cada vez mais rápidos e com mais memórias do que estamos acostumados a ver. E dessas notícias para outras onde o computador poderá superar a capacidade humana como um todo, também surgem junto àquelas onde há realmente intenção de humanos em construírem máquinas específicas a superarem nossas capacidades mentais.

Isso é fascinante para muitas pessoas, e, sem reservas, para mim também, mas  precisamos analisar muitos fatos sobre o cérebro humano e o processamento da informação nessas máquinas, para depois pensarmos se há realmente a possibilidade dos computadores nos superarem.

Nossa mente atua em um nível de complexidade muito maior que a simples lógica binária de 1 e 0: raciocinamos em cima de conceitos, abstrações, deduzimos, temos intuição. Relacionamos imagens umas com as outras e deduzimos ou compreendemos relações entre elas. Imagens essas em nossas memórias passíveis até de serem modificadas, a ponto de não mais serem uma réplica daquilo visto pelos nossos olhos. Nossa imaginação é verdadeiramente uma aliada muito importante da mente em nossos pensamentos. Poderíamos ficar aqui listando muito das capacidades naturais de nosso cérebro e, ainda, temos muito mais do que se imagina: o sentir. Veja, por exemplo, a intuição. Em sua definição entra a palavra pressentimento ou a expressão “maneira de se adquirir conhecimento instantâneo sem que haja interferência do raciocínio.” Estamos assim além da lógica comum, lógica matemática, fria, sem sentimentos.

O neurocientista português António Damásio, em seu brilhante livro “E o cérebro criou o homem”, cita os problemas do qualia, dizendo, sobre um deles, da participação de emoções e sentimentos em todas as nossas experiências subjetivas, nos significados das coisas e nas ideias.

A própria consciência, considerada um dos mais difíceis problemas para resolvermos, está, conforme Damásio, relacionada com o sentir, como ele bem explica no livro “O Mistério da Consciência”.

Nosso cérebro não é e nunca foi uma máquina biológica racional de resolução de problemas: é uma máquina racional e emocional de resolução de problemas. Pensa-se até em colocar (se já não o fizeram eficientemente) circuitos neurais orgânicos a sofisticar o processamento da informação de chips, ou seja, até de imitar o funcionamento pura e simplesmente do nosso cérebro.

Neste ponto chegamos a um problema onde, creio eu, mostraria de uma vez por todas a incapacidade das máquinas serem mais inteligentes que nós: será que para construirmos algo no mínimo tão inteligente quanto aos humanos, não se necessitaria de um sistema ainda mais inteligente? Em outras palavras, só um sistema mais capaz conseguiria entender, e por isso criar, um outro de menor capacidade?

Talvez não conseguiríamos construir nem algo tão inteligente como nós pois  nunca chegaríamos, pela própria ciência cognitiva, a entendermos o nosso cérebro por completo.

Termino este artigo por aqui pois, se alguém tiver respostas a essas perguntas, este texto deixará de ter significado.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A intencionalidade como um dos comportamentos mais importantes da evolução e da psicologia evolucionista

Palavras-chave: neurociência; consciência, evolução; psicologia evolucionista

Uma lagarta está se alimentando de folhas e notamos claramente uma intenção nesse fato. Vejo você comendo uma maçã e também há intenção no seu ato de comê-la. Existem muitas diferenças entre os dois eventos mas cito aqui apenas dois: a intenção inconsciente da lagarta e a sua intenção consciente.

A consciência tem como principal característica, a sua essência, na intencionalidade, com respeito a um objeto, real ou imaginário (Cobra, 2005),  como bem dizia o filósofo da atual República Checa (antiga Morávia) Edmund Husserl (1859-1938): “Se há consciência, é consciência de algo”.

Quando digo “(Eu) Quero realizar tal tarefa”, a intenção está contida na consciência e eu poderia dar muitos exemplos dessa natureza onde, quando queremos algo, seja lá o que for, a consciência está presente com a intencionalidade.

Animais como as lagartas agem inconscientemente devido à programação genética que possuem, realizando funções automaticamente para se alimentarem, se protegerem, gerarem  filhotes, enfim, terem uma vida simplista em relação a nossa mas sendo vida também.

A natureza está cheia de intenções. Não fosse assim não sobreviveríamos e nenhum organismo simples em estrutura como a lagarta também não.

A consciência é um dos maiores problemas da ciência para cientistas e filósofos resolverem acerca de sua origem no sistema nervoso e como funciona, o que é! Existem até comentários de pesquisadores em formularem uma “ciência da consciência”, tal o nível de dificuldade ao  se lidar com ela.

Acho muito interessante o fato da intencionalidade acompanhar seres vivos inconscientes de bilhões de anos atrás e, mesmo depois de tanto tempo, aparecer em animais conscientes. Talvez não se possa falar em UM gene do comportamento intencional, mas, um conjunto deles sendo preponderante para a intencionalidade, junto ao comportamento inconsciente como um todo, se perpetuou ao longo da evolução porque tornava muito mais fácil a sobrevivência dos organismos que os continham. Depois chegou a consciência onde possui como uma das características mais importantes a intenção.

Um comportamento então se perpetuou, o comportamento intencional. De um protozoário englobando um alimento para digeri-lo, a um caçador coletor escolhendo peles de animais para se proteger melhor do frio, de um aborígene construindo uma gaiola de gravetos, a capturar aves, até um planejamento de uma  empresa de alimentos a levá-los em seus pontos de vendas, tudo é intenção.

Fala-se muito por aí em ação. Mas intenção, que provém do latim “intentio” (1),  significando alongamento, esforço, é pouco mencionada. Ação requer, sem dúvida, de esforço. O que seria da ação se não houvesse intenção?  Não haveria conquista, construção, resultado,  nada!

Notas:

1 - Dúvidas de Português. Dicio. Disponível em: < https://duvidas.dicio.com.br/intensao-ou-intencao/ >. Acesso em 23/12/2016.


Bibliografia:

COBRA, Rubem Q. - Fenomenologia. Temas de Filosofia, Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2001, rev. 2005.