Argos Arruda Pinto

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domingo, 15 de janeiro de 2017

Amor = sobrevivência da espécie humana no planeta!

Resumo: com ideias claras e simples este artigo mostra ao leigo ou qualquer aluno de ensino médio, a relação entre o amor e a teoria da evolução, o início, digamos assim, da parte mais avançada dessa teoria pois envolve sentimento e emoção, sem eu falar de estruturas corporais e funções orgânicas dos seres vivos.

Palavras-chave: amor, emoção, sentimento, teoria da evolução

Mais de sete bilhões de seres humanos na Terra apesar de todas as guerras, catástrofes, epidemias, homicídios, doenças, ou seja, tudo o que pode levar homens e mulheres a perecerem.

Em 1850 a população mundial era de aproximadamente um bilhão de pessoas. (1). Crescemos 600% de lá para cá mesmo com tudo de ruim citado acima.

Tenho vários artigos que cito em (2) sobre o papel dos sentimentos e emoções para a perpetuação de nós seres humanos aqui na Terra, mas, agora, quero falar apenas do amor, esse tão belo, procurado e sublime sentimento. Meus artigos são científicos de um nível elevado e prefiro neste momento descrever as minhas ideias primeiro de uma maneira menos formal, menos científicas, para depois finalizar este texto através de uma pequena ponte com a ciência. Assim será mais fácil o entendimento do texto.

O amor está inextricavelmente ligado às nossas vidas. Você ama seus pais, irmãos, esposa (o), filhos, outros parentes e amigos. Dá para imaginar um mundo sem o amor? Realmente não; seria surreal mas, antes de tudo, impossível. Ódio e raiva, só para citar essas duas emoções negativas, acabariam conosco muito antes das civilizações antigas.

Precisamos do amor para gerarmos descendentes? Necessariamente não mas é com ele onde acontecem os maiores números de uniões entre pessoas e nascimentos de crianças.

Também quero falar da nossa procura pelo amor, por alguém muito especial, viver intensamente esse sentimento. Faz parte das nossas vidas, bem-estar e procuramos o amor mesmo depois de uma separação; procuramos por mais filhos com um novo relacionamento, e, sempre ela, a felicidade.

A ligação entre pais e filhos, os cuidados durante anos, às vezes por mais de uma década, com nossas vidas dedicadas a eles também nos mostram a força poderosa desse sentimento. Se eu disse que a falta de amor levaria o ser humano à extinção devido aos sentimentos e emoções negativos, não há razão para nos aprofundarmos tanto: sem o amor não haveria nenhuma proteção e cuidados com os filhos imaturos, bebês, em uma terrível relação de total falta de consideração, moral, ética, humanidade, uma relação totalmente impensável, etc. Essa ligação é muito forte a ponto de darmos as nossas vidas por eles.

Você pode não acreditar ou concordar com a teoria da evolução mas, tenho certeza, considerou essas ideias expostas aqui como sendo lógicas, algo muito verdadeiro. Pronto: você acabou de achar lógica a própria teoria da evolução de Charles Darwin. E justo no que há de mais moderno nessa teoria: o papel fundamental dos sentimentos e emoções para a sobrevivência do ser humano na Terra, representado aqui pelo maior e mais poderoso sentimento que possuímos.

Note a presença de sentimentos com os filhotes de mamíferos e aves onde a energia e o cuidado com eles são fundamentais em termos de sobrevivência. Já répteis e peixes colocam ovos onde nascem muitos filhotes; alguns serão atacados por predadores ou o meio ambiente fará com que percam suas vidas, mas também outros muitos irão sobreviver dando continuidade à espécie. São animais quase totalmente frios, com poucas emoções e sentimentos.

Estes dois últimos parágrafos foram escritos diretamente sobre ciência como eu disse que iria fazer.


Notas:

1:
Mundo Educação. Crescimento da população mundial. Disponível em: < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/crescimento-populacao-mundial.htm >. Acesso em: 14/01/2017.

2:
A base material dos sentimentos. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/sentimentos.html >. Acesso em: 14/01/2017.
In english:
The material basis of feelings. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/sentimentos_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.

A base material dos sentimentos - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n13/opiniao/material.html >. Acesso em: 14/01/2017.
In english:
The material basis of feelings - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n13/opiniao/material_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.

O porquê dos nossos sentimentos. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n14/opinion/material3.html >. Acesso em: 14/01/2017.

O porquê dos nossos sentimentos - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n15/opiniao/sentimentos2.html > Acesso em 14/01/2017.
In english:
Our feelings. Why do we have them? - II. Argos Arruda Pinto. Revista Cérebro e  Mente. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n15/opiniao/sentimentos2_i.html >. Acesso em: 14/01/2017.


Observação:

Os artigos da Cérebro e Mente também estão na página:
Sistemas, teoria da evolução e neurociências. Argos Arruda Pinto. Disponível em: < http://sistemaevolucaoneurociencia.blogspot.com.br/ >. Acesso em: 14/01/2017.

  • Leia também na mesma página: A base material dos sentimentos: Por que existem emoções e sentimentos negativos?

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A impossibilidade do computador pensar como o ser humano

Todos os anos vemos em revistas, jornais, na internet e até em reportagens televisivas, notícias da construção de computadores, chips, cada vez mais rápidos e com mais memórias do que estamos acostumados a ver. E dessas notícias para outras onde o computador poderá superar a capacidade humana como um todo, também surgem junto àquelas onde há realmente intenção de humanos em construírem máquinas específicas a superarem nossas capacidades mentais.

Isso é fascinante para muitas pessoas, e, sem reservas, para mim também, mas  precisamos analisar muitos fatos sobre o cérebro humano e o processamento da informação nessas máquinas, para depois pensarmos se há realmente a possibilidade dos computadores nos superarem.

Nossa mente atua em um nível de complexidade muito maior que a simples lógica binária de 1 e 0: raciocinamos em cima de conceitos, abstrações, deduzimos, temos intuição. Relacionamos imagens umas com as outras e deduzimos ou compreendemos relações entre elas. Imagens essas em nossas memórias passíveis até de serem modificadas, a ponto de não mais serem uma réplica daquilo visto pelos nossos olhos. Nossa imaginação é verdadeiramente uma aliada muito importante da mente em nossos pensamentos. Poderíamos ficar aqui listando muito das capacidades naturais de nosso cérebro e, ainda, temos muito mais do que se imagina: o sentir. Veja, por exemplo, a intuição. Em sua definição entra a palavra pressentimento ou a expressão “maneira de se adquirir conhecimento instantâneo sem que haja interferência do raciocínio.” Estamos assim além da lógica comum, lógica matemática, fria, sem sentimentos.

O neurocientista português António Damásio, em seu brilhante livro “E o cérebro criou o homem”, cita os problemas do qualia, dizendo, sobre um deles, da participação de emoções e sentimentos em todas as nossas experiências subjetivas, nos significados das coisas e nas ideias.

A própria consciência, considerada um dos mais difíceis problemas para resolvermos, está, conforme Damásio, relacionada com o sentir, como ele bem explica no livro “O Mistério da Consciência”.

Nosso cérebro não é e nunca foi uma máquina biológica racional de resolução de problemas: é uma máquina racional e emocional de resolução de problemas. Pensa-se até em colocar (se já não o fizeram eficientemente) circuitos neurais orgânicos a sofisticar o processamento da informação de chips, ou seja, até de imitar o funcionamento pura e simplesmente do nosso cérebro.

Neste ponto chegamos a um problema onde, creio eu, mostraria de uma vez por todas a incapacidade das máquinas serem mais inteligentes que nós: será que para construirmos algo no mínimo tão inteligente quanto aos humanos, não se necessitaria de um sistema ainda mais inteligente? Em outras palavras, só um sistema mais capaz conseguiria entender, e por isso criar, um outro de menor capacidade?

Talvez não conseguiríamos construir nem algo tão inteligente como nós pois  nunca chegaríamos, pela própria ciência cognitiva, a entendermos o nosso cérebro por completo.

Termino este artigo por aqui pois, se alguém tiver respostas a essas perguntas, este texto deixará de ter significado.