Argos Arruda Pinto

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sábado, 10 de março de 2018

A psiquiatria como neurorreligação através da neuroplasticidade

Palavras-chave: neurorreligação, psiquiatria, psicoterapia, gene BDNF, meditação, neuropsicologia, psicologia, religião. 

Introdução. 
Escrevi diversos textos sobre o termo que cunhei, a neurorreligação, relacionado com as psicoterapias, meditações e até mesmo com as religiões. (1) Neurorreligação é o resultado de práticas mentais onde a pessoa fica neurorreligada, novamente ajustada, ligada com o mundo normal. Sobre a neurorreligação através das religiões é um tanto difícil de se explicar em poucas palavras (ver um breve resumo na "nota 02"). Só agora escrevo sobre a psiquiatria onde, confesso, já deveria ter escrito algo sobre o assunto porque, antes da descoberta da neuroplasticidade com os detalhes que chegaram até hoje para nós, os cientistas já sabiam que medicamentos farmacêuticos alteravam a funcionalidade das sinapses cerebrais, uma forma de neuroplasticidade baseada na modificação do funcionamento dos neurônios. 

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Sou uma pessoa aberta para qualquer conversa em qualquer hora do dia e com qual seja a pessoa com quem eu estiver. Uma dona de casa, em um consultório, me disse da sua cura de uma depressão utilizando antidepressivos no período de oito meses, sendo que chegou a nem se levantar da cama e preparar o café da manhã, almoço e jantar para os filhos e marido, durante semanas, quando foi então que o marido acreditou que algo estava errado com ela. Também não recebia mais as amigas, não ia na casa delas e ficou indiferente ao sexo com o esposo.  Eles assumiram as tarefas rotineiras do lar enquanto ela se recuperava. 

Mais uma vez nos deparamos com aquelas três palavras essenciais na vida de qualquer pessoa: trabalho, social e afetividade. Ela voltou a essa vida normal, neurorreligada, interrompida por algo quase incontrolável como a depressão profunda. Uma neurorreligação porque o comportamento macro, visível, estava normal e devido a alterações em nível dos neurônios. 

Uma amiga me contou da sua impossibilidade de levantar da cama e ir até a geladeira, pegar um pedaço de bolo de chocolate, e comer à mesa pois estava com vontade, com fome. Mas veja, não era devido a algum problema de falta total de energia corporal ou um problema grave ligado aos próprios músculos: o sistema nervoso não a deixava! Não basta a energia oriunda dos alimentos. Para funcionar a nossa máquina corpórea faz-se necessário também um cérebro equilibrado! E pensar que ainda até hoje muitas pessoas não reconhecem a depressão como doença, chegando ao cúmulo de dizerem que se trata de má vontade ou algo parecido. Ela tomou um antidepressivo e pude vê-la em fotos na extinta rede social Orkut, depois da depressão, como me dissera, o quão bem ficou. As fotos eram de uma pessoa de bem com a vida, feliz, simpática, viajando, etc. 

Nem é preciso dizer que, basicamente, os antidepressivos aumentam os níveis de neurotransmissores nas fendas sinápticas ou promovem a inibição da  recapitação da serotonina como no caso da fluoxetina. Mas não é só isso. Tem-se a ampliação da  neurogênese e o combate da  diminuição do hipocampo, estimulada pelo stress,  sendo o aumento da neurogênese só conseguido com tratamentos prolongados com esses fármacos mas não com outros, nos mostrando a importância dos antidepressivos. No hipocampo, a substância antidepressiva tianeptina é quem bloqueia sua atrofia agindo nas células piramidais CA3. 
     
Existe um gene, o BDNF, do inglês "Brain-derived neurotrophic factor" (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), agindo sobre os sistemas nervosos central e periférico, promovendo o crescimento e diferenciação de novos neurônios e sinapses e também no aumento dos neurônios do hipocampo.    

Na origem e/ou evolução dessa terrível doença silenciosa e arrasadora, cada vez mais se descobre a influência destrutiva do stress na neuroplasticidade e no apoptose. Os antidepressivos influenciam na sobrevivência dos neurônios e nas suas proliferações, duas das faces da neuroplasticidade. 

Dei exemplos de duas mulheres de cidades diferentes, vidas diferentes, acometidas pela depressão e se curando apenas com remédios. Pode-se recomendar também, em alguns casos, a ajuda das terapias. De qualquer maneira, os antidepressivos são muito úteis para a finalidade a que foram constituídos. 
       
Referências Bibliográficas: 
Filipe Arantes-Gonçalves, Rui Coelho. Depressão e Tratamento - Apoptose, Neuroplasticidade e Antidepressivos. Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental. Hospital de São João/Faculdade de Medicina do Porto. 2006. Disponível em: < https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/download/910/583 >. Acesso em: 09/03/2018. 

Notas: 
1 – Veja os textos do meu blog "Neurorreligação" - < https://neurorreligacao.blogspot.com.br > 

2 As práticas religiosas mexem com o emocional da pessoa, levando-a a uma melhora em sua vida de trabalho, social e afetiva, a essência da neurorreligação. Diz-se então que a pessoa está neurorreligada. Essas práticas religiosas promovem a neuroplasticidade em áreas cerebrais ligadas aos valores religiosos, tais esses criados pelo homem em diversas regiões do planeta, em todos os tempos, estabelecidos fortemente nas cabeças dos povos, e que por isso possuem muita força quando evocados. Inclusive não se tratando de entes divinos existindo realmente, mas só na imaginação das pessoas. Deus, Bíblia, os santos, orações como o Pai Nosso, Ave Maria, etc., na religião cristã católica, o mesmo para os evangélicos, mas sem os santos e só com a oração Pai Nosso, os deuses Bhrama, Vishnu, Shiva, Ganesh, etc., para o hinduísmo, etc., revelando o porquê da existência de dezenas de milhares de religiões já concebidas até hoje por nós humanos e atualmente por volta de dez mil! 

Para um esclarecimento melhor deste resumo, ver os meus textos no meu blog "O relativismo religioso – Como eu o vejo" < https://orelativismodasreligioes.blogspot.com.br/ >, onde eu coloquei os nomes dos textos básicos do assunto na primeira página.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Meditação e neuroplasticidade: maneiras de melhorar o seu cérebro

Palavras-chave: meditação, neuroplasticidade, cérebro, comportamento.

Introdução.
Nós não nascemos com o cérebro pronto para se desenvolver apenas nos primeiros anos de vida. Ele passará por muitos estímulos e se modificará de acordo com eles. Falo da hoje famosa neuroplasticidade em que os cientistas têm certeza de uma melhora em nossas vidas de acordo com as formas de estimulação cerebral. Este texto servirá como uma tabela ou resumo da relação entre várias áreas cerebrais e a influência da neuroplasticidade, pelas meditações, melhorando o comportamento das pessoas.

1 - Os lobos parietais
Bem-estar consigo mesmo e com as pessoas do seu convívio pessoal é um dos principais fatores para a felicidade. Mais auto-estima, menos ansiedade e depressão, mais empatia é o que se consegue com a meditação influindo em nosso lobo parietal com uma melhor conexão com as outras pessoas.

O neurocientista estadunidense Andrew Newberg percebeu em suas experiências que os lobos parietais de pessoas de controle em meditação entravam nos mesmos estados de quando não sentiam solidão, revelando essa prática como uma grande ajuda no tratamento desse sentimento tão negativo, capaz de trazer muitas consequências desagradáveis para qualquer pessoa.

2 - Corpo caloso equilibrado
O corpo caloso, você sabe, é o conjunto de nervos ligando os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo. Pessoas com maior potencial em lógica, matemática, nas ciências, utilizam mais o hemisfério esquerdo, enquanto aquelas intuitivas que se dão muito bem nas artes e filosofias têm o hemisfério direito mais ativo.
 
Até aqui nenhuma novidade mas um estudo na UCLA, em 2012, descobriu que as pessoas mais bem-sucedidas utilizam as duas metades juntas, tendo os corpos  calosos mais volumosos, densos e fortes. É um maior equilíbrio entre os dois hemisférios juntos que confere a alguém um maior rendimento cerebral com pensamentos mais claros e profundos e melhor memória. É possível melhorar a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais com a meditação, aperfeiçoando o corpo caloso no sentido de torná-lo mais denso, grosso, que é a base fundamental da comunicação entre os lados do cérebro.

3 - O hipocampo
Ele está ligado diretamente à memória e já se constatou que pessoas com depressão apresentam um hipocampo atrofiado. Um estudo de 2008, publicado no Neuroimage Journal - Elsevier, descreveu o resultado de uma experiência com meditadores em um período de oito semanas, onde seus hipocampos haviam crescido em tamanho, espessura e densidade. Já a neurocientista de Harvard, Sara Lazar, a primeira cientista a notar que a meditação promove a neuroplasticidade, percebeu também que os meditadores com cérebros saudáveis possuem um desenvolvimento também maior de seus hipocampos.

4 - Ínsula anterior “compassiva”
Pertencente ao sistema límbico, nosso centro das emoções, pode ter sua parte direita estimulada pela meditação. Mas ela é justamente a  região do cérebro mais  ativa na prática da bondade e na compaixão, estudada na Escola de Medicina da UCLA, em 2012, e também verificada em imagens na Universidade de Wisconsin. Cientistas acreditam em mudanças nas pessoas, tornando-as mais compassivas com as outras devido à meditação.  

5 - O momento presente do córtex cingulado posterior
A Dra. Sara Lazar, de Harvard, descobriu que essa região do cérebro fica desativada durante a meditação, ocorrendo uma atenção maior ao momento presente da pessoa. Reduzindo as preocupações com o futuro próximo e aborrecimentos do passado, auxilia no combate ao stress, na própria felicidade individual no dia a dia.

6 -  Meditação e inteligência emocional
Universidade de Illinois, 2013: uma descoberta colocou a região cerebral denominada de Junção Temporoparietal (TPJ) em posição de destaque com respeito às áreas cerebrais ativadas em estudos com a inteligência emocional. É possível “construir” uma TPJ robusta com a meditação. Na verdade, e com o que eu descrevi até este momento, dá para se falar em “esculpir” o cérebro com práticas como a meditação no sentido de melhorar a performance do nosso principal órgão do corpo.

7 - Amígdala
Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts descobriram alterações nas densidades das amígdalas em um estudo com meditação de oito semanas,  provocando redução do estresse e medo em pessoas de controle. É conhecida a relação dessa região cerebral com o medo, a ansiedade e o estresse. Foi como se essas amígdalas enviassem menos informações que provocaria o medo nas pessoas.

8 - Córtex pré-frontal
Região cerebral importante na inteligência, o físico Albert Einstein possuía essa área com um tamanho maior do que o normal. Cientistas da Universidade Estadual da Flórida fizeram uma comparação do cérebro de Einstein com oitenta e cinco pessoas normais comprovando esse fato. Em 2005, mais uma vez citando Sara Lazar, ela concluiu que quanto mais tempo de meditação, maior era o córtex pré-frontal do meditador. E não só isso: menos depressão, mais força de vontade, maior poder de processamento de informação, menor ansiedade.

9 - Insônia
Meditação para a insônia, com presença de modificações estruturais em regiões cerebrais, a neuroplasticidade, foi observada no Hospital Geral de Massachusetts. Todos sabem que não só a quantidade de sono é relevante para uma noite com descanso mas também a qualidade do sono. A meditação aumenta a quantidade de melatonina no estágio principal do sono, o estágio REM, fazendo com que a pessoa acorde e tenha um melhor bem-estar emocional e físico.

É fantástica a influência da meditação em nosso cérebro, em tantas regiões com benefícios tão importantes. Mas tudo isso não seria possível sem os aparelhos de  observação cerebral como o PET, SPECT, fMRI e outros. Ainda se utiliza sistemas computacionais (ou programas de computadores) avançadíssimos para interpretarem o que esses aparelhos conseguem ler nas profundezas do cérebro.

 
Material de leitura:

Argos Arruda Pinto. A meditação como neurorreligação. Disponível em: < 
http://neurorreligacao.blogspot.com.br/2016/10/a-meditacao-como-neurorreligacao.html
>. Acesso em 19-02-2018.

Argos Arruda Pinto. Neurorreligação. Disponível em: < 
http://neurorreligacao.blogspot.com.br/2016/10/neurorreligacao.html
>. Acesso em: 19-02-2018.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Por que Santos Dumont foi realmente o inventor do avião

Alberto Santos Dumont (20/07/1873 - 23/07/1932), brasileiro, decolou e voou  com o famoso avião 14 Bis em 23 de outubro de 1906 no campo de Bagatelle, (1)  Paris, por 60 metros e a dois a três metros de altura. Diante de uma plateia   entusiasmada de mais de mil pessoas, Dumont recebeu um prêmio de cinco mil francos pelo Aeroclube de Paris, recém criado, em 1898, justamente para estimular a navegação aérea.

Em 17 de dezembro de 1903, os irmãos Wilbur Wright (16/04/1867 - 30/05/1912) e Orville Wright (19/08/1871 - 30/01/1948), mais conhecidos como  “Os Irmãos Wright”, alçaram “vôo” na Carolina do Norte, EUA, em um “avião” de nome “Flyer”, percorrendo aproximadamente 260 metros. Eles ainda aperfeiçoaram e muito a navegação aérea dos seus “aviões”, inclusive inventando o chamado controle em três eixos (2), para um melhor domínio e equilíbrio no ar do aviador em sua máquina, sendo esse método o padrão usado em qualquer aeronave de asa fixa.

Mas havia algo de muito estranho nos “aviões” deles: para a decolagem fazia-se necessário uma massa de 700 quilos caindo por uma torre e puxando uma corda que puxava o “avião”, ou seja, uma catapulta, algo de externo à máquina. E aqui eu tomo como o centro da discussão de quem realmente inventou o avião.

Estamos acostumados a pensar em vôo somente imaginando um objeto com asas e motor no céu. Na virada do século XIX e XX havia muitas controvérsias a respeito se um aparelho “mais pesado que o ar”, poderia ou não voar. O eminente físico e matemático britânico Lord Kelvin dizia que era impossível mostrando até onde iam as discussões a respeito do assunto.

Na verdade, o que o brasileiro fez naquele 26 de outubro de 1906, foi uma experiência de física, de aeronáutica, onde o seu laboratório era o campo de Bagatelle e o aparelho 14 Bis com motor e asas, mostrando ao mundo que o “mais pesado que o ar” poderia decolar por si próprio, percorrer uma distância por si próprio e aterrizar por si próprio, onde esse é que deve ser considerado um vôo de verdade. Isso sim é um avião!

Os irmãos Wright chegaram a “voar” por mais de uma centena de quilômetros naqueles primeiros anos do século XX, impressionando o mundo inteiro mas eles realizaram todo o tempo, ⅔ daquilo que realmente era um vôo. Os ⅓ restantes eram as decolagens. Voar é decolar, permanecer no ar e depois aterrizar, como sempre realizaram os pássaros, de onde nós sempre os invejávamos no  sentido de criarmos uma máquina para tanto porque, por si só, nunca conseguiríamos.  

Eles tiraram diversas patentes de suas invenções com respeito, ao que eu já disse antes, sobre a dirigibilidade de seus aparelhos no ar, mas, o primeiro vôo de verdade mesmo fora com Santos Dumont.

Na minha opinião sempre faltou interesse e disposição aos governos do Brasil em trazer para o nosso país o título, a Santos Dumont, como o inventor do avião!        

Referência Bibliográfica

Todos os detalhes desse texto vêm da nota 1. O outro, (2), eu marco na sequência:

1 -  Santos Dumont ou Irmãos Wright: Quem é o Pai? Guia do Estudante. Giba Stam. 2017. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/santos-dumont-ou-irmaos-wright-quem-e-o-pai . Acesso em: 08/01/2018.

2 - Irmãos Wright. Wikipédia. Disponível em:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Wright . Acesso em: 08/01/2018.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A yoga como opção para o tratamento da ansiedade

Palavras-chave: neurociência, yoga, ansiedade, depressão, GABA, exercício físico.

O título deste artigo não revela nada de novo em termos de tratamentos psiquiátricos ou psicológicos mas três fatos acontecidos comigo fizeram com que eu me interessasse em escrever este texto: as recentes experiências (1) do professor de psiquiatria Chris Streeter, da Universidade de Boston, com praticantes de yoga, algo que escrevi há muito tempo atrás e um pequeno tratamento meu para ansiedade e insônia há mais tempo ainda.

Em 2001 eu tive o prazer de terem publicado o meu primeiro artigo sobre neurociência na revista Cérebro & Mente - www.cerebromente.org.br - de nome “A base material dos sentimentos”. (2)  Mas só que eu o havia escrito já em 1991 e não tinha onde publicar… Ficou dez anos engavetado até com a chegada da internet e quando descobri a revista em 2001.

Falei sobre depressão, ansiedade e remédios, citando o efeito de um ansiolítico, o Dalmadorm (flurazepam) sobre o sistema nervoso, em que, no caso, atuava “...aumentando o efeito de neurotransmissores inibitórios da resposta nervosa, como o ácido gama-aminobutírico - GABA.” Assim estava escrito em 1989, durante o tratamento, na bula do remédio e ele era ótimo para a ansiedade, insônia e também para a angústia, uma das piores dores mentais que o nosso sistema nervoso possa provocar. Hoje a mesma bula vem com a frase “inibe, em animais, a resposta tensional devido à estimulação elétrica do hipotálamo e eleva o limiar da excitação. No homem, o Dalmadorm prolonga a duração do sono, diminui o tempo de adormecimento assim como a frequência de despertares noturno.”

O professor Streeter e colaboradores utilizaram oito experientes praticantes de yoga com uma sessão de sessenta minutos e onze não praticantes realizando uma leitura qualquer durante o mesmo tempo. A ideia era simples, comparar os níveis de GABA antes e depois do yoga e de quem efetuou a leitura.

Escolheram como posturas do yoga a chamada asana ou ássana, palavra sãnscrita que significa “assento”. Um método muito utilizado aqui no ocidente devido à sua popularização através de pessoas famosas como Madonna e Sting.

Utilizando imagens espectroscópicas de ressonância magnética imediatamente antes e imediatamente após as sessões de ambos os grupos, os cientistas verificaram um aumento de 27% de ácido-aminobutírico nos praticantes de yoga e nenhum aumento no outro grupo.

Nas conclusões de Streeter e de seus colaboradores, nada como explorar o yoga como tratamento para transtornos de ansiedade e até depressão para distúrbios com baixa de GABA. E como o yoga é também uma forma de exercício, pesquisas futuras com muitos tipos deles poderão indicar quais serão mais apropriados para cada pessoa e sintomas  existentes.

Referências bibliográficas:

Ciraulo DA, Renshaw PF. Yoga Asana sessions increase brain GABA levels: a
pilot study. 2007. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17532734 >. Acesso em: 06/12/2017.

2 - Argos Arruda Pinto. A base material dos sentimentos. 2001. Disponível em: < http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/sentimentos.html >. Acesso em: 06/12/2017
e
Argos Arruda Pinto. A base material dos sentimentos. Blog: Sistemas, Teoria da
Evolução, Neurociências. 2008. Disponível em: < http://sistemaevolucaoneurociencia.blogspot.com.br/2008/01/base-material-dos-sentimentos.html >. Acesso em: 06/12/2017.