Argos Arruda Pinto

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sábado, 19 de abril de 2025

Cristianismo, Hinduísmo e Islamismo: qual deles é correto na explicação do surgimento do ser humano na Terra?

Observação: este texto é análogo ao outro no qual comento sobre o surgimento do universo, apenas colocando agora o surgimento do ser humano.  

O ser humano, seja lá como ele surgiu, foi de apenas um modo e só.  


Aqui trata-se não apenas de acreditar, de fé, porque nós somos físicos, de materiais e de energias, e, dadas milhares ou milhões de pessoas acreditando cada uma em uma forma de como surgimos, seguindo suas religiões ou não, apenas uma estará certa ou não. 


Sem querer mexer com as crenças de qualquer religião, não adianta cada uma acreditar na possibilidade que diz a sua própria, porque poderá estar errada. Mas os seguidores acreditam e pronto! Nada mais a dizer: as religiões possuem respostas a tudo, mesmo com muitas diferenças entre si.  


Pelo cristianismo, Deus, único, onipotente, onipresente e onisciente, criou o ser humano com um "sopro divino" em um monte de barro. A mulher veio da costela do homem.  


Já no hinduísmo, Brahma, o deus criador, teria formado os seres humanos a partir de diferentes partes de seu próprio corpo. Essa criação simboliza a interconexão entre os seres humanos e o universo.  


No islamismo, Adão foi o primeiro ser humano criado por Allah a partir do barro. Em seguida, Allah criou Hawwa (Eva) a partir de Adão, para que ele tivesse companhia. Essa narrativa é semelhante à encontrada em outras tradições abraâmicas, como o judaísmo e o cristianismo. Nota-se como o islamismo, também por muitas outras crenças, foi uma fusão do cristianismo com o judaísmo. 


Um está certo e os outros dois errados? Sim, mas então se desprezaria todas as criações com respeito às outras religiões não citadas aqui. E agora?  

 

Qual seria a verdadeira criação do ser humano?


Palavras-chave: Cristianismo, Hinduísmo, Islamismo, ser humano, criação

terça-feira, 15 de abril de 2025

Neurociência, Psicologia, Psiquiatria e a Teoria Memética da Religião

A teoria memética da religião, que vê as crenças e práticas religiosas como "memes" (unidades de informação cultural) que se propagam e evoluem, tem recebido atenção e críticas de várias áreas científicas. Aqui está um resumo da situação atual, com foco nas perspectivas da psicologia, neurociência e psiquiatria:

Psicologia:

  • Relevância Contínua: A ideia de que elementos culturais, incluindo os religiosos, podem ser transmitidos e sofrer seleção cultural ainda é relevante na psicologia. Muitos psicólogos reconhecem que os memes podem ajudar a explicar a persistência e a disseminação de certas crenças religiosas.

  • Integração com a Psicologia Evolucionista: Alguns psicólogos tentam integrar a memética com a psicologia evolucionista, argumentando que os memes religiosos que exploram as predisposições psicológicas humanas (por exemplo, a tendência de detectar agentes, buscar significado e conformar-se a grupos) têm maior probabilidade de se espalhar.

  • Foco em Mecanismos Cognitivos: A pesquisa psicológica se concentra cada vez mais em identificar os mecanismos cognitivos que facilitam a transmissão de memes religiosos. Isso inclui o estudo de como as crenças religiosas são codificadas na memória, como são comunicadas a outros e como influenciam o comportamento.

Neurociência:

  • Bases Neurais da Transmissão de Memes: A neurociência está começando a fornecer insights sobre as bases neurais da transmissão de memes religiosos. Estudos de neuroimagem mostraram que certas áreas do cérebro são ativadas durante experiências religiosas, e essas mesmas áreas também estão envolvidas no aprendizado social e na transmissão de informações culturais.

  • Memes e Plasticidade Cerebral: A pesquisa sobre plasticidade cerebral sugere que a exposição a memes religiosos pode moldar a estrutura e a função do cérebro ao longo do tempo. Isso pode explicar por que as crenças religiosas podem ser tão profundamente arraigadas e resistentes a mudanças.

  • Emoção e Memes Religiosos: A neurociência enfatiza o papel crucial da emoção na transmissão de memes religiosos. Memes que evocam emoções fortes, como medo, alegria ou admiração, têm maior probabilidade de serem lembrados e transmitidos.

Psiquiatria:

  • Memes e Saúde Mental: Na psiquiatria, a teoria dos memes tem sido usada para entender como crenças disfuncionais ou prejudiciais, incluindo algumas crenças religiosas, podem se espalhar e persistir. Embora a religião possa ter efeitos positivos sobre a saúde mental para muitos, certas crenças ou práticas religiosas podem contribuir para o sofrimento psicológico em alguns indivíduos.

  • Memes e Psicopatologia: Alguns psiquiatras exploraram o papel dos memes na etiologia de certos transtornos mentais. Por exemplo, ideias ou crenças obsessivas podem ser vistas como memes que "infectaram" a mente e são difíceis de erradicar.

  • Abordagem Biopsicossocial: A psiquiatria moderna adota uma abordagem biopsicossocial da saúde mental, reconhecendo a interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais. A teoria dos memes pode contribuir para essa abordagem, fornecendo uma estrutura para entender como fatores culturais, como crenças religiosas, podem influenciar a saúde mental.

Críticas e Debates:

Apesar de suas contribuições, a teoria memética da religião também enfrenta críticas:

  • Falta de Evidências Empíricas: Alguns argumentam que há poucas evidências empíricas para apoiar a ideia de que os memes são unidades discretas de informação que se replicam de forma semelhante aos genes.

  • Reducionismo: A teoria dos memes pode ser vista como reducionista, pois simplifica fenômenos culturais complexos, como a religião, a unidades de informação.

  • Determinismo: Alguns críticos se preocupam com o fato de a teoria dos memes implicar um certo determinismo, sugerindo que os indivíduos são simplesmente veículos passivos para a replicação de memes.

Conclusão:

A teoria memética da religião continua sendo um tópico de debate e pesquisa nas áreas de psicologia, neurociência e psiquiatria. Embora a teoria tenha suas limitações, ela fornece uma estrutura útil para entender como as crenças religiosas se propagam e persistem. Pesquisas futuras que integrem insights dessas diferentes disciplinas podem ajudar a refinar e fortalecer nossa compreensão da relação complexa entre religião, cultura e mente humana.

sábado, 12 de abril de 2025

Cristianismo, Hinduísmo e Islamismo: qual deles é correto na explicação do surgimento do universo?

Nosso universo atual, seja lá como ele surgiu, apareceu ou "nasceu", foi de apenas um modo e só.

  

Aqui trata-se não apenas de acreditar, de fé, pois ele é físico, material e de energias, e, dadas milhares ou milhões de pessoas acreditando cada uma em uma forma de como ele surgiu, seguindo suas religiões ou não, apenas uma estará certa. 

 

Sem querer mexer com as crenças de qualquer religião, não adianta cada uma acreditar na possibilidade que diz a sua própria, porque poderá estar errada. Mas os seguidores acreditam e pronto! Nada mais a dizer: as religiões possuem respostas a tudo, mesmo com muitas diferenças entre si. 

 

Pelo cristianismo, Deus, único, onipotente, onipresente e onisciente, criou o universo, começando pela luz. 

Já o hinduísmo afirma na criação e destruição do universo, com um intervalo entre estas duas situações, pelos deuses Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente. 

No islamismo, a criação e destruição do universo estão profundamente ligadas à vontade de Allah, o único e onipotente criador. Segundo o Alcorão, o livro sagrado, Allah criou tudo a partir do nada. 

 

Um está certo e os outros dois errados? Sim, mas então se desprezaria todas as criações com respeito às outras religiões não citadas aqui. E agora? 

 

Por que então um deus apenas ou vários deuses, se fossem esses os criadores de tudo, inclusive a nós, não criariam o universo, e, em qualquer ponto do planeta e em todas as épocas, pessoas, ao evocarem o sobrenatural, não apareceria em suas mentes esse deus ou deuses, sempre? 

 

Talvez aqui entremos no conceito da Navalha de Occam. É um preceito filosófico que diz, ao se tentar resolver um problema, a solução é a explicação mais simples. De tantas religiões e, principalmente crenças, tentando explicar não apenas o universo, mas também os seres vivos e nós humanos, a solução mais simples é a de que eles são frutos do cérebro, da mente humana. 

Existem ainda alguns filósofos da religião, como Richard Swinburne, filósofo britânico e professor emérito de filosofia na Universidade de Oxford, que utilizam justamente da navalha de Occam para defender a existência de Deus.  

 

Inclusive, utilizam a física para isso. Em linhas gerais, muito mal explicadas, eles dizem que o Universo é tão finamente calibrado para existir vida, que a hipótese de Deus criar um universo com esse fim é mais simples do que a hipótese extremamente improvável de uma calibragem fina se dar ao acaso ou termos um número gigantesco, ou mesmo infinito, de muitos Universos e nós vivemos naquele único capaz de suportar a vida, mas a grande maioria não é. 

Isto me parece uma tentativa quase desesperadora de alguém comprometido com uma universidade tão famosa e importante como Oxford. 

  

Pensar em uma simples criação de algo tão poderoso como um deus ou deuses é realmente fácil de conceber, como uma fada madrinha dotada de uma vara de condão, mas o problema é a própria “definição”, “natureza” etc., deles, sendo infinitamente maior, ou incognoscível, de qualquer tentativa da ciência em explicar esses problemas. 

 

 

Palavras-chave: Cristianismo, Hinduísmo, Islamismo, universo, criação, vida