Argos Arruda Pinto

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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

A dependência da informação com a matéria e a energia

A informação é um conjunto de dados ordenados e contextualizados que transmitem um ou mais significados, transformando dados brutos em conhecimento útil e compreensível. 

O termo "contextualizados" nos proporciona um significado, sendo importante nesta definição. Por exemplo, a sequência de números 19:30, com os dois pontos, pode ser apenas dados. Mas, se você adicionar o contexto de "horário de chegada", ela se torna a informação de que "o voo chegará às 19:30". 

Sabemos que uma ou mais informações precisam ser transmitidas por um caminho até chegar ao seu destino. Pense em uma transmissão de voz através de um celular até outra pessoa entender o que você diz. Colocarei em uma sequência numérica algo essencial a essa propagação, precisando do que está no título deste texto, a matéria e a energia: 

1. Primeiro, entre você pensar no que dirá e os impulsos nervosos chegarem até as suas cordas vocais, ocorrem muitos processos como a quebra das moléculas de ATP (trifosfato de adenosina), matéria, fornecendo energia para processos celulares como a entrada e saída dos íons de sódio e potássio, matéria, dentro dos neurônios e depois nos axônios, matéria, sendo os impulsos nervosos. Tudo isso provém da atividade de milhões de neurônios ativando de redes neuronais inteiras em diferentes áreas do cérebro. Por exemplo, pensar em um carro pode ativar neurônios na área de processamento visual (para a marca, cor etc.), na área da memória (para lembrar onde você o viu na última vez) e na área da linguagem (para o nome "carro"). 

2. Impulsos chegando nas cordas vocais, que são músculos, matéria, os fazem vibrar, a energia mecânica, e, acionadas pelo ar, matéria, que sai dos pulmões, produzem o som da voz. Esse som é a energia sonora de sua voz, ondas de compressão e rarefação do ar, atingindo o alto-falante, matéria, do seu smartphone. 

Dentro do alto-falante, essas ondas sonoras fazem uma pequena membrana, matéria, vibrar. Essa vibração é uma forma de energia mecânica. 

3. A vibração da membrana no microfone é convertida em sinais elétricos, a corrente elétrica. Isso acontece por meio de um pequeno transdutor, que transforma o movimento em variação de tensão elétrica. Aqui temos elétrons, matéria, em um fio, também matéria, com energia de movimento, cinética. 

4. O sinal elétrico é processado e enviado para o transmissor do smartphone. Esse transmissor converte a energia elétrica dos elétrons em ondas eletromagnéticas (sinais de rádio, energia "pura"), que viajam pelo ar até uma torre de celular. 

5. A torre de celular, matéria, e, posteriormente, o segundo smartphone, recebem as ondas eletromagnéticas. A antena, matéria, no segundo smartphone captura essas ondas e as converte de volta em sinais elétricos e chegam ao fone de ouvido do segundo smartphone. Dentro do fone, um pequeno alto-falante recebe o sinal elétrico e faz sua própria membrana vibrar. Essa vibração gera ondas sonoras que chegam ao ouvido da segunda pessoa, permitindo que ela ouça e entenda a mensagem. 

De tudo isto descrito, inclusive sem citar em detalhes o processo de conversão no ouvido da energia sonora para impulsos nervosos, chegando aos neurônios de redes neurais a serem entendidos pela segunda pessoa, para não ficar cansativo a você, leitor, a energia, através de corpos materiais e energia eletromagnética, muda de forma mais de dez vezes e algo é preservado: a informação. 

Digamos que você queira transmitir também mensagens por meio de imagem de televisão, criar um programa seu. Terá um microfone, aparelhos de transmissão de rádio, tv etc. Seu smartphone não necessariamente terá utilidade, mas seus ouvintes poderão vê-lo através deles. Mais informações serão veiculadas nesse sistema e os ouvintes passarão a ver vários detalhes que antes nada viam: seu rosto, roupa, cenário, movimentos seus com papéis em cima de uma mesa etc. Para tanto houve um aumento de matéria e energia com câmeras que envolvem circuitos elétricos, lentes, pessoas filmando etc. É muito fácil imaginar a superioridade em complexidade entre apenas uma transmissão de voz e outra incluindo imagens. Estas ainda transformam fótons de luz de todo o local onde você está em impulsos elétricos a serem restaurados nos aparelhos das casas de milhões ou dezenas de milhões de telespectadores. É muito mais informações dentro do sistema sendo transmitidas. 

Sinceramente eu não me lembro de qual livro tomei contato com uma descrição a respeito da transmissão de voz via rádio, na qual eu adaptei para um smartphone. Sobre a televisão eu mesmo criei. Talvez fora de um livro do pesquisador de inteligência artificial, engenheiro, neurologista, sociólogo e psiquiatra inglês, W. Ross Ashby (1903-1972), de nome Introdução à Cibernética, mas, o que mais importa é a ideia por mim memorizada do quanto a energia é transformada através de meios materiais preservando a transmissão e a qualidade da informação.

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