Para não perder adeptos!
Mas, como assim adeptos?
Você
procura um psicólogo pois está com um problema emocional, digamos,
muita ansiedade no trabalho. Então começa a realizar sessões de terapia e
o psicólogo logo no começo desse tratamento diz a você esquecer Deus,
sua religião, seus cultos e/ou missas, que o cérebro é uma máquina biológica precisando sim ser melhor entendida por você, ou seja, se não sabe, vá estudar. Pronto, acabou!
Vivemos
em sociedades nas quais a religiosidade é muito forte e, no caso do
Brasil, assim como na maioria dos países ocidentais, sentimentos e
emoções são originados pela nossa alma, e um psicólogo pedirá a você cuidar da sua espiritualidade, a frequentar mais os cultos ou as missas, orar em casa, etc.
Um
psicólogo nunca irá bater de frente com nenhum paciente com respeito a
esse assunto pois sabe das influências dos valores religiosos na
formação da personalidade de uma criança, ensinada, primeiro, sobre o
que a religião diz, para depois se tornar um valor religioso: Deus,
Bíblia, orações, etc. São memórias de sentimentos. Outras
religiões também o fazem e aqui cabe algo da incrível natureza do nosso
cérebro: o poder de aprender! Simplesmente isso. Aprendeu a orar por Ganesha a obter sucessos financeiros... E quem é Ganesha?
Um dos muitos deuses cultuados pelo hinduísmo, também primeiro ensinado
aos hindus para depois se tornar um valor religioso. Eles rezam ao Deus
cristão? Não, não aprenderam sobre Ele e então não é um valor religioso
em suas vidas. E assim o é em
todas as religiões diferentes do cristianismo. Nem entrarei no campo de
quem está correto pois é relativo: cada um acha corretos os
ensinamentos passados a ele.
Você
se lembra de algum acontecimento no qual aprendeu e passou a gostar,
admirar, um valor religioso? Me lembro, perto dos cinco anos de idade,
da bela árvore de Natal erguida em casa pelos meus pais. Alguns amigos mais velhos da vizinhança me disseram da comemoração do nascimento do Filho de Deus, Jesus
Cristo, sendo o Seu Pai criador de tudo existente a minha volta. A
natureza para mim era apenas o quintal de casa, mas foi Ele quem criou!
No
hinduísmo as crianças aprendem sobre um trio de deuses, Brahma, Vishnu e
Shiva, construindo e destruindo o universo, tudo existente. Se tornam
os valores deles. Valores esses muito importantes pois as orações, com a
fé, influirão no bem-estar psicológico deles. E Deus também para os
cristãos. Mas eu disse "bem-estar psicológico". Pois é, tanto no
hinduísmo como no cristianismo, e com as outras religiões, os cultos aos
valores produzem as mesmas sensações, melhoram o humor, diminuem a
ansiedade, mexem com a força interior das pessoas, despertam esperanças,
motivam, etc. São realmente um bálsamo psicológico para todos.
Eu acredito no potencial do nosso cérebro com os valores religiosos sem da necessidade de entes divinos e sim com as fortes memórias de sentimentos.
A
Neurociência está descobrindo, e já descobriu muito sobre a dinâmica
dos nossos sentimentos e emoções ocorrendo conosco. Um estímulo externo
ou um interno como uma oração baseada em nossas memórias de sentimentos,
faz com que circuitos neuronais, regiões cerebrais, etc., produzam
substâncias levando-nos a sentirmos melhor, (1) através dos estados citados relatados acima... O cristão com as suas orações, o hindu com as deles e assim com todas as religiões que já existiram e as que existem.
Sendo
a alma, pela Bíblia, a produtora dos nossos sentimentos e emoções, ela se tornou um
"fato" arraigado em nossas sociedades, tido como uma verdade absoluta e
inquestionável.
Já
ouvi de várias pessoas sobre psicólogos dizendo a elas para cuidarem de
suas espiritualidades. De qualquer maneira elas se sentirão melhor
orando pelos seus valores. Mas a
Psicologia é uma Ciência e as ciências devem trabalhar com energia e
matérias comuns e não através do sobrenatural, imaterial, influindo em
nossos sistemas físico-químicos, biológicos. Até lá a Neurociência deverá descobrir muito da materialidade do que é dito hoje como sobrenatural!
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Referência:
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"O que é o sentir? Sentimentos e emoções"
Material complementar de leitura - um artigo meu:
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"Por que Deus não 'nasce' junto nas cabeças das pessoas?"
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