- Idade e Período de Existência: Estima-se que LUCA tenha vivido há aproximadamente 3,5 a 4,2 bilhões de anos, num período relativamente próximo à formação da Terra (que ocorreu há cerca de 4,5 bilhões de anos).
- Organização Celular: LUCA era um organismo procarionte, semelhante a uma bactéria, porém mais complexo do que se pensava inicialmente. Era um organismo unicelular com um invólucro lipídico que compartimentalizava seu metabolismo.
- Material Genético:
- Possuía DNA como seu material genético principal, armazenando e transmitindo informações hereditárias.
- Tinha um código genético universal e definido, o mesmo que usamos hoje (com poucas variações). Isso significa que as mesmas sequências de bases nitrogenadas (códon) codificavam os mesmos aminoácidos.
- Utilizava RNA para a síntese de proteínas (através de ribossomos e RNAs transportadores), um processo fundamental para todas as formas de vida conhecidas.
- Metabolismo:
- Era anaeróbio, ou seja, realizava respiração sem a presença de oxigênio. Isso faz sentido, já que a atmosfera primitiva da Terra era pobre em oxigênio.
- Provavelmente era heterotrófico, necessitando consumir moléculas orgânicas do ambiente para obter energia e nutrientes. Algumas teorias sugerem que ele poderia ser um acetogênico organo-heterotrófico, consumindo moléculas orgânicas do ambiente para suas reações químicas. Outras possibilidades, embora menos aceitas para o LUCA, incluem a quimiossíntese.
- Possuía vias metabólicas universais que são encontradas em todos os organismos atuais.
- Utilizava os 20 aminoácidos padrões e L-aminoácidos.
- Utilizava D-carboidratos.
- Produzia e utilizava ATP como molécula energética, assim como ocorre em todas as células modernas.
- Habitat: Acredita-se que LUCA habitava ambientes extremos, provavelmente em fontes hidrotermais no fundo dos oceanos. Esses ambientes eram ricos em energia química e protegidos das condições severas da superfície da Terra primitiva.
- Outras Características:
- Já possuía um sistema imunológico rudimentar, semelhante ao encontrado em bactérias modernas (como o sistema CRISPR, que usamos para edição genética hoje), o que sugere que já enfrentava interações com vírus.
- Estimativas recentes sugerem que o LUCA possuía um genoma relativamente grande, com cerca de 2.600 genes de codificação de proteínas que podem ser rastreados diretamente.
Argos Arruda Pinto

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terça-feira, 20 de maio de 2025
Talvez o primeiro ser vivo na Terra, o LUCA
segunda-feira, 12 de maio de 2025
A ciência das emoções: uma questão de cérebro e não de sobrenatural
A origem de nossos sentimentos e emoções é um tema que intriga a humanidade há séculos.
A ciência, especialmente a neurociência, nos oferece uma perspectiva mais concreta sobre essa questão. Hoje, a maioria dos estudos indica que nossos sentimentos e emoções são resultado de complexas interações entre diferentes regiões do cérebro.
Como isso acontece?
- Estímulos: Tudo começa com estímulos do mundo exterior ou de nossas próprias memórias.
- Processamento: Essas informações são processadas em diversas áreas do cérebro, incluindo o sistema límbico, que é fundamental para as emoções.
- Resposta: Em seguida, o cérebro gera uma resposta que envolve:
- Experiência subjetiva: A sensação consciente da emoção.
- Respostas fisiológicas: Aumento da frequência cardíaca, sudorese, etc.
- Comportamento: Expressões faciais, postura corporal, etc.
É importante ressaltar que:
- As emoções são universais: Embora a cultura possa influenciar a forma como expressamos nossas emoções, as emoções básicas (alegria, tristeza, medo, raiva, nojo e surpresa) são universais entre os seres humanos.
- O cérebro é plástico: Nossas experiências moldam o cérebro, e as emoções desempenham um papel fundamental nesse processo.
- A genética também influencia: A predisposição para determinadas emoções pode ter um componente genético.
Em resumo:
Embora a experiência de sentir seja profundamente pessoal e subjetiva, a ciência nos mostra que nossas emoções têm uma base biológica. As atividades cerebrais são as grandes responsáveis por gerar e regular nossos sentimentos. A ideia de que as emoções sejam produzidas por forças sobrenaturais, embora presente em muitas culturas e crenças, não encontra respaldo nas evidências científicas atuais.